Publicado originalmente a 29 Abril de 2019
Aproveitamos a escala inaugural de um dos maiores navios de cruzeiros do mundo, no porto de Lisboa, para realizarmos um assessment do novo Lexus ES300h com Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros Portugal.
O novo navio de cruzeiro Bellíssima, da MSC Cruzeiros, foi apresentado em Lisboa, quase ao mesmo tempo que o novo modelo da Lexus, o ES 300h, era lançado no mercado nacional. O cruzeiro, de nome Bellíssima, encontra no dicionário um resumo do seu posicionamento – adjetivo; “em que há beleza; que satisfaz intensamente os nossos desejos ou prazeres”. Nesse espírito de experienciar algo de positivo, Eduardo Cabrita conta-nos as sensações de conduzir pela primeira vez um Lexus, bem como o paralelismo que encontra com os cruzeiros.
“A imagem que tenho da marca Lexus é claramente de luxo, distinção e qualidade. Estes três fatores, em síntese, reúnem o posicionamento dos cruzeiros da MSC. Farei então a minha avaliação deste modelo ES 300h, para depois apresentar um pouco do mundo dos cruzeiros, tendo o novo paquete MSC Belíssima, como referência.

Antes de mais, gostaria de referir que ligar este carro é um momento único, graças ao impacto dos efeitos gráficos que surgem no painel de instrumentos, quando todo o carro se “prepara” para o arranque. Ao sair do estacionamento, reparo que as câmaras de filmar são funcionais e estão bem posicionadas, principalmente a câmara frontal, pois dadas as dimensões deste carro, facilita as manobras em ambientes mais apertados. A sensação que temos do carro, a sair do estacionamento é muito agradável e confortável, funciona apenas no modo elétrico, portanto não há ruído de manobras (acelerações, mudanças, travagens, etc.), nem a sensação de claustrofobia, porque as camaras nos dão uma visibilidade completa e bem ajustada.
Em condução
Como sou alto, não são todos os carros que me acolhem bem e neste ES 300h fico bem posicionado, no sentido em que o banco tem uma envolvência perfeita. Tenho um SUV premium como carro da empresa e estou muito satisfeito com a escolha que fiz, mas é curioso notar que o interior deste Lexus parece ser mais espaçoso do que o meu SUV.
Em termos de condução prefiro carros mais altos, no entanto, neste modelo limusine ES 300h a posição de condução e a sensação de “domínio” do carro, é perfeita. Gosto mesmo de conduzir, dá-me prazer saber que vou fazer uma viagem longa, ou mesmo conduzir somente no percurso casa-trabalho. Não sou grande fã de carros com caixa automática, prefiro sentir que tenho o controlo sobre a viatura. Neste caso, como é um híbrido faz todo o sentido que tenha uma caixa automática, permite usufruir do conforto, desfrutar da paisagem, sem ter o trabalho “braçal” das mudanças, que às vezes não encaixam.
O que valorizo mais num carro é o espaço e o prazer de conduzir. Algo que não prescindo numa viatura premium são os estofos em pele e, principalmente, o teto de abrir. Gosto da sensação de que há algo mais no carro, e o arejamento pelo teto de abrir cria uma atmosfera estável no interior, sem o incómodo do barulho ou do vento direto quando abrimos os vidros. Mesmo no inverno é frequente, para mim, estar a chover e manter o teto aberto, quando estou a conduzir. Liberdade de escolha tem destas coisas…
Já tive carros com um visual executivo no interior, e passado algum tempo acaba por se tornar cansativo. Prefiro um visual mais “clean” e este ES 300h está em linha com isso, com a mistura de tons entre o castanho e o bege. Tem tudo o que é necessário em termos práticos, e apresenta uma harmonia com as linhas exteriores do carro. Gosto de, ao fim de um dia de trabalho, entrar no carro e ter a sensação de que estou num espaço à parte. Isso alegra-me. Neste carro, tenho exatamente esta sensação. Acolhedor, relaxante e funcional.

Experiência dinâmica
O volante mostra-se progressivo. À medida que o carro vai alcançando uma maior velocidade, a direção torna-se mais sensível. Gosto desta adaptabilidade, onde sente-se a estrada q.b. no volante. Sinto o rolar na estrada em todo o corpo e não só no volante.
Inicialmente, estava cético quanto à funcionalidade da caixa de velocidades automática, mas as patilhas no volante dão-nos total controlo da viatura. Se eu quiser manter a mesma mudança e ir ao red-line, o carro não aciona uma nova mudança, antes obedece à minha vontade. Estas patilhas realmente dão o tal prazer de conduzir que tanto gosto. As passagens de caixa são impercetíveis, silenciosas e precisas. Um patamar acima em termos de automóvel.
Fiquei fã das patilhas. É um sistema de acionamento muito prático e mantem a mudança que eu quero. Por exemplo, se colocar na 3ª velocidade, o carro mantém a 3ª até parar, e mesmo no arranque não baixa para uma 1ª. Talvez o motor elétrico compense no arranque, porque o carro consegue arrancar em 3ª mudança, diferente. Realmente, impressionante!
Quanto às tecnologias, prefiro ter o lane assist desligado. Gosto de ter o controlo total da viatura, sinto algo estranho quando o carro interfere na condução. Para mim as coisas têm de ser completas, ou seja, ou somos nós 100% a conduzir, ou é o carro a conduzir de forma autónoma. O meio-termo não me satisfaz, por isso, até à vinda dos carros 100% autónomos vou continuar com a minha forma de condução.

Utilização e mais-valias
Quanto à utilização da viatura, o percurso que faço de casa-trabalho é relativamente curto e citadino, pelo que este modelo híbrido se ajusta bem a essa utilização, e quem sabe até consiga fazer esse percurso no modo 100% elétrico? Aos fins-de-semana, gosto de fazer grandes viagens, e, portanto, no somatório diria que chego a realizar um total de 40 mil km/ano. Assim, um carro premium, para meu estilo de condução, tem de ser confortável.
Realço o espaço e comodidade também existente para os ocupantes traseiros. O espaço para as pernas é realmente grande, e os vários comandos situados na consola traseira, permite controlar o ar condicionado dos passageiros, comandar o sistema de som, entre outras funcionalidades.
Em termos de consumo, neste assessment fiz uma média de 5.2lt/100km, em condução citadina e em percurso em Estrada Nacional. Interessante o facto de o motor elétrico funcionar mesmo a velocidades mais elevadas, o que pode explicar este consumo ter sido tão reduzido. Diria que uma das grandes mais-valias deste modelo é o fato de ser híbrido self-charging, ou seja, não estamos dependentes de um posto de carregamento.
Agora que conduzi um Lexus, posso afirmar que é uma viagem sem preocupações do início ao fim. Na MSC Cruzeiros revemo-nos nesse posicionamento, pois aquilo que pretendemos disponibilizar aos nossos passageiros, nos nossos navios de cruzeiro é o acesso a um ambiente de luxo, de qualidade, lazer e sem preocupações.

O fator experiencial
Um cruzeiro é mais do que o transporte para um destino, é uma experiência em si mesma. Qualquer pessoa que faz um cruzeiro quer ser surpreendida. Eu já fiquei surpreendido ao testar este carro e fiquei fã da sua condução pela possibilidade de uso das patilhas. Um cruzeiro também tem esta experiência da descoberta, e o MSC Bellíssima é disso, um bom exemplo.
A experiência gastronómica é de topo, temos chefs com estrelas Michelin. Em termos de entretenimento, temos um Cirque du Soleil exclusivo a bordo pelo que, isso já, diz tudo. É do melhor que pode encontrar no mundo do lazer de longo curso.
Por exemplo, é raro eu ir a um restaurante só porque este tem uma estrela Michelin, não procuro isso como uma forma de estar na vida. No entanto, num navio de cruzeiro da MSC, pelo menos um prato, servido a cada refeição é elaborado por um chef com estrela Michelin, em todos os restaurantes do navio. Isto é uma democratização do luxo, e uma experiência muito completa de férias, onde as pessoas só desfazem a mala uma vez e conhecem diversas cidades em vários países.
Investimos muito no atendimento personalizado e também na digitalização dos processos, por exemplo, na gestão das atividades lúdicas e sua interação com os passageiros. Lançamos recentemente uma nova tecnologia denominada ZOE. É uma assistente pessoal virtual, que está no camarote e que os passageiros podem interagir com ela.

A dimensão da experiência
A empresa MSC ainda é controlada pela mesma família que a fundou, a família italiana Aponte, tendo a sua sede na Suíça. A MSC Cargo já existe desde os anos 70 e é atualmente a segunda maior empresa do mundo no transporte de contentores, com 500 navios de contentores. Em 2003 a MSC enveredou pelo negócio dos cruzeiros, ao construir 12 navios de raiz; teve assim, um crescimento orgânico e rápido, afirmando-se hoje como a número 1 em termos de empresa europeia de Cruzeiros.
Neste momento temos 16 navios em operação, e iremos chegar aos 29. Temos 212 portos de escala no mundo, onde atingimos os 2.4 milhões de hóspedes recebidos a bordo. Desde então já se construírem mais 17 navios, pelo que no total dispomos de uma frota de 29 cruzeiros em operação. Estes novos navios têm um custo de cerca de mil milhões de euros cada um.
No mundo existem cerca de 350 navios considerados como Cruzeiros, e estima-se que nos próximos 10 anos sejam lançados mais 120 Cruzeiros. E estes 120 navios terão mais capacidade em termos de passageiros, do que os outros 350 que já operam. MSC Bellíssima em Lisboa
O MSC Belíssima impressiona pelas dimensões 315 metros de comprimento, com 19 andares/decks. Diferente de alguns automóveis, não é todos os dias que se lança um novo navio de Cruzeiro destas dimensões. A inauguração deste paquete teve lugar na cidade britânica de Southampton, com a presença de diversas celebridades mundiais, com destaque para atriz Sophia Loren e o cantor Andrea Bocelli. Lisboa teve direito à escala inaugural, onde pudemos demonstrar aos nossos parceiros, todos os pormenores do navio. E são muitos, pelo que tentarei resumi-los.
Com capacidade para 5686 passageiros, as 6 escadarias têm 640 cristais Swarovski, encrustados em cada degrau – a escadaria principal tem 96 degraus. O Bellíssima conta com 12 espaços para refeições, uma fábrica de chocolates a bordo, 20 variedades de champagne servidas, 210 atividades por semana e proporciona aos passageiros, 300 horas de música ao vivo.

Somos uma empresa de escala global, dispomos de um circuito de cruzeiro que percorre o globo em cerca de 4 meses, com tudo o que se puder imaginar. Além disso é possível estar a bordo, sem se desligar do mundo, pois os nossos navios têm todas as comodidades como WiFi, internet a bordo, entre facilidades da vida moderna. Tal como preconiza a marca Lexus, também nós sabemos impressionar os nossos clientes com qualidade e pela positiva!”.
Na imagem, Eduardo Cabrita na promenade interior do MSC Bellíssima, ambiente que funciona como sendo um polo central do navio, ligando muitos dos bares e restaurantes de especialidade, bem como as diversas lojas de marcas de luxo. O teto de 80 metros é todo iluminado com tecnologia LED, que cria diferentes atmosferas, 24 horas por dia, recriando imagens únicas, como por exemplo, o teto da capela Cistina.
Com espetáculos a acontecerem 3 vezes ao dia, a promenade também acolhe muitas das festas temáticas do navio. “Conduzir um Lexus é uma experiência de luxo e diferente do habitual. Consigo realizar um paralelo deste modelo ES300h com a experiência única de acesso ao luxo, liberdade, lazer e bom ambiente, igualmente existentes nos nossos navios de cruzeiros” concluiu.