Marca icónica do off-road, a Jeep marcou gerações com os seus modelos desenvolvidos para o fora de estrada, mas também continua a inovar, agora com os seus mais recentes modelos com cariz citadino e estradista.
Os Jeep Renegade e Compass são o exemplo disso, onde o Renegade assume uma postura de crossover/SUV citadino, e o Compass um posicionamento mais elegante e estradista. Ambos os modelos se apresentam com uma nova motorização mild-hibrid, numa estratégia de eletrificação do grupo Stellantis, de toda a gama da Jeep.
Nova etapa
O ano de 2021, além de ter assinalado os 80 anos da Jeep, também marcou uma nova etapa deste construtor com o lançamento da gama híbrida plug-in denominada 4xe, para o Renegade, Compass e Wrangler. Contudo, com esta motorização, tanto o Renegade como o Compass passaram a estar enquadrados na Classe 2 de portagens em Portugal, o que não contribuiu para o sucesso das vendas durante algum tempo.
Com a implementação da nova legislação das classes de portagens, a Jeep relançou a sua gama 4xe, e o sucesso foi de tal ordem que esta gama de híbridos plug-in já representa um terço das vendas totais da marca Jeep em 2022.
Tendo vários modelos híbridos na sua gama, a Jeep entra no caminho da eletrificação de forma consistente, sendo que todos os seus modelos passam a ser eletrificados. Espera-se que até ao final deste ano seja lançado o Grand Cherokee híbrido plug-in e, em 2023, chegará o primeiro Jeep 100% elétrico. Até lá, as novidades não param, e tanto o Renegade como o Compass vieram provar isso mesmo.
Motorização e-Hybrid
A Jeep lançou para estes dois modelos (Renegade e Compass) a motorização e-Hybrid, que combina um novo motor 1,5 litros turbo a gasolina, com 130cv e 240Nm, e uma nova transmissão de dupla embraiagem de 7 velocidades, que integra um motor elétrico de 48 Volts e 15 kW de potência.
Uma das vantagens deste sistema 48V é o custo acessível, onde os preços começam nos 33.600€ para o Renegade e-Hybrid na versão Limited e, para o Compass e-Hybrid, nos 39.150€ na versão Night Eagle. É possível assim, mesmo com um budget mais limitado, ter acesso a modelos híbridos, que mantém o caráter da marca.
O motor elétrico está incorporado na caixa de velocidades (automática), mantendo assim a tração no eixo dianteiro, quer os veículos circulem com o motor elétrico ou apenas com o motor a combustão. Com isto, foi possível constatarmos que o comportamento dinâmico não é alterado pela hibridização, através dos testes que realizámos em estrada e fora de estrada – tanto do Renegade como do Compass.
Outra vantagem dos 48V é que as baterias não retirarem espaço de bagageira ou espaço interior. Segundo Paulo Carelli, managing director da Jeep Espanha e Portugal “é expectável que 90% das vendas da gama 4xe sejam para empresas. O segmento dos SUV já vale 50% das vendas no mercado nacional e está a crescer 18% ao ano. Nos SUVs eletrificados, o mercado cresce 26%, e no geral a Jeep cresce 20%.