É muito provável que as principais marcas do segmento premium, bem como a maioria das marcas denominadas generalistas, continuem a depender do cliente empresarial e sobretudo das frotas, para manterem o grande volume de vendas de veículos novos, uma tendência que deverá manter-se robusta nos próximos anos em Portugal.
A comprovar esta situação estão os lançamentos realizados nos últimos meses pelas marcas Renault (Megane E-Tech Elétrico), DS Automobiles (novo DS 7), Opel (gama Astra) e Kia (nova gama Niro) no nosso país, onde o cliente empresarial é o grande alvo para a venda destes novos modelos.
Num estudo realizado e recentemente divulgado pela Arval – empresa especializada em financiamento e gestão de frotas automóveis com uma gestão próxima de 1,5 milhões de veículos – ficámos a saber que a pandemia do COVID-19 não teve um impacto significativo nas alterações da política de aluguer e compra de viaturas para as empresas.
No Barómetro Automóvel e de Mobilidade 2022, os especialistas da Arval analisaram as tendências de mobilidade e da política de frotas automóveis em empresas de 26 países europeus. Este barómetro revelou que nos próximos 3 anos, a frota automóvel da grande maioria das empresas portuguesas (96%), irá manter estável ou até mesmo aumentar.
Neste inquérito realizado pelo Arval Mobility Observatory, através do seu laboratório de Market Intelligence, constatou- -se que 25% das empresas portuguesas inquiridas acredita que a sua frota automóvel irá crescer, enquanto apenas 3% estima um decréscimo no número dos automóveis disponíveis para os seus colaboradores.

Crescimento de novas áreas de negócio
Segundo os dados recolhidos pela Arval, existem várias razões que podem estar diretamente relacionadas com o aumento da frota, dentro das empresas. Assim, 47% dos gestores inquiridos em Portugal, justificaram este aumento com o crescimento da empresa e o desenvolvimento de uma nova atividade em que são necessárias viaturas, motivação essa que é partilhada por 66% da média de empresas na Europa
Por outro lado, 30% dos inquiridos, justificam este crescimento com necessidades ligadas aos Recursos Humanos, como recrutamento de talentos e/ou retenção de colaboradores, sendo esta uma tendência e preocupação manifestada também por 32% das empresas europeias. Cerca de 24% deste grupo de empresas. está também a ponderar propor viaturas a colaboradores sem prévia elegibilidade para viaturas da empresa.
Mobilidade
Em Portugal, bem como na generalidade dos países europeus, a grande maioria das empresas não quer abdicar das suas frotas automóveis para recorrer a soluções alternativas de mobilidade. Estas soluções são vistas como um complemento, mas não são um substituto.