Heinz-Jürgen Löw (foto), Senior Vice-President Light Commercial Vehicle da Renault, apresentou pessoalmente à Revista Automotive a nova gama de veículos comerciais ligeiros 100% elétricos da Renault.
Em 2011, a marca criou este segmento de mercado, com o lançamento comercial do Renault Kangoo totalmente elétrico. O Renault Master há mais de cinco anos que também disponibiliza uma versão totalmente elétrica, mantendo a posição da marca como líder do mercado de comerciais elétricos desde a sua introdução.
Agora, a Renault revelou o Trafic Van E-Tech Elétrico, primeiro modelo 100% elétrico dos furgões intermédios da Renault. O Trafic Van E-Tech Elétrico mantém todas as qualidades que fizeram a história de sucesso dos seus antecessores, com mais de 2,2 milhões de unidades vendidas, em mais de 50 países em todo o mundo, desde 1980. É o terceiro comercial ligeiro mais vendido na Europa.
Carga e autonomia
O Trafic Van E-Tech é comercializado nas dimensões de 5,08m ou 5,48m de comprimento e 1,967m ou 2,498m de altura. O comprimento de carga pode estender-se até aos 4,15m (na versão ampliada L2 com o alçapão de “carga longa” localizado na antepara). O seu volume de armazenamento varia entre os 5.8m3 e os 8.9m3, estando também disponível na versão chassis-cabina.
Este Trafic 100% elétrico tem um motor de 90kW (cerca de 122cv), com uma capacidade de reboque de 750kg e pode transportar até 1,1 toneladas. A bateria de 52kW assegura uma autonomia de 240km em ciclo WLTP.
Para recarregar a bateria, o novo Trafic Van E-Tech Elétrico oferece três tipos de carregadores: o AC monofásico de 7kW, adequado para todos os tipos de carregamento doméstico; o AC de 22kW, para carregamento rápido em estações de carga públicas; e o DC opcional de 50kW, para carregamentos rápidos em autoestradas.
Heinz-Jürgen Löw enfatizou à Automotive que tanto o Trafic Van E-Tech, como os outros comerciais elétricos da gama, não perdem em nada face aos seus “irmãos” com motores de combustão, com as mesmas características em termos de capacidade de carga, diversidade e possibilidades de personalização.
Questionado pela Automotive sobre se existe algum limite para a quantidade de furgões elétricos numa frota, o responsável respondeu que “é algo que ainda estamos a averiguar. Depende de cada empresa. Mas posso dizer que alguns estudos internos apontam que, a partir das duas centenas de veículos elétricos, o investimento em infraestrutura possa ser demasiado oneroso. Para isso, a alternativa serão os furgões a hidrogénio, algo que a Renault também tem sido pioneira, e onde já temos modelos que podem entrar em produção em série nos próximos anos”, esclareceu Heinz-Jürgen Löw.