A TKW nasceu em 2009 pelas mãos do empresário Miguel Ribeiro, atual diretor geral da empresa de transportes. A história da empresa reflete o sonho do seu criador, mas também a resiliência de o fazer acontecer. Há 12 anos, com apenas uma rota no seu destino – Hungria –, aquando do nascimento da TKW, Miguel Ribeiro tinha no horizonte primar pela diferenciação no mercado internacional. Numa época em que as rotas para esses mercados quase não se davam a conhecer, a empresa TKW queria ser especializada nelas. Desde essa altura, o mundo mudou e a TKW também.
“Em 2009, quando tudo começou, encetei esta aventura sem os camiões, propriamente ditos. Iniciei este projeto com o sonho de poder chegar a ter uma frota de 20 camiões próprios, mas a intenção de os comprar tinha de ficar para mais tarde. O arranque da empresa aconteceu, mas através de subcontratação. Eu subcontratava os camiões numa primeira fase da existência da TKW.
Todavia, em pouco tempo, 10 meses após ter dado início à atividade neste setor, consegui comprar o meu primeiro camião e, antes do final do ano de 2009, comprei o segundo. Pouco a pouco, passei para 4, depois para 8, 16, 24, até o crescimento ser a marca do futuro. À data, o sonho tornou-se maior, traduzida já numa frota de 45 camiões.
Expansão da frota e a falta de camiões
Hoje, a empresa é composta por 2 segmentos: a TKW Cargo e a TKW Logistics que, neste caso específico da Logistics, ainda recorremos à subcontratação do serviço com outros parceiros do negócio. Relativamente à TKW Cargo só trabalhamos com frota própria, isto é, todos os clientes da Cargo trabalham com frota própria e a nossa carga é de tipologia geral, com uma panóplia de materiais, mas nunca ADR. As cargas são feitas aqui, a partir do norte do país, não ultrapassando a linha de Aveiro, mais ao centro, e Viana do Castelo mais a norte.
Este ano, prevê-se a chegada de alguns camiões novos, apesar de já termos feito uma renovação de 8 camiões no ano anterior. Iremos receber 7 e, provavelmente, mais 10 para o final do ano, dependendo da resposta do mercado. Se o mercado evoluir, nós evoluímos. Se estagnar, tempos de repensar no número de camiões até porque estes novos camiões tinham como objetivo, não só renovar a frota, como aumentá-la.
Temos trabalhado nos últimos anos com a Mercedes, mais de 90% da nossa frota está com está marca e tem uma média de vida inferior a 3 anos. Como fazemos mercados internacionais mais longínquos: República Checa, Eslováquia, Polónia, Alemanha, Eslovénia e Hungria, e os camiões ficam longe da sede por muito tempo, preferimos apostar na vertente segurança e viabilidade do serviço, que encontramos na marca com quem construímos uma excelente relação quer na parte comercial, quer na parte da oficina – onde investimos, sobretudo, na prevenção e no próprio conforto dos nossos motoristas. Quanto aos semirreboques, a utilização está na Schmitz Cargobull.
As dificuldades mais insistentes relacionadas às marcas reveem-se na logística da entrega dos camiões da frota. Antigamente, em 3 meses tinha um camião na empresa, hoje, é quase impossível. Esta remessa que aguardo foi encomendada no final de 2021, estamos no início de 2023. Os prazos de entrega, hoje, variam entre 12 e 18 meses. A nossa frota é relativamente recente e não temos problemas associados a uma frota mais velha, mas quem necessitar de a renovar precisa de o fazer com muita antecedência.
Gestão diária
Neste momento, e muito longe do que éramos em 2009, ascendemos a mais de meia centena de funcionários e mantemo-nos firmes na solidificação da empresa. É um facto que o ano passado não obtivemos o escalar de crescimento que ansiávamos devido, a vários factores que nos fugiram ao controlo, desde a pandemia, às guerras, à falta de motoristas, ao preço do gasóleo, mas aplicámos as nossas estratégias para sobreviver com resultado positivo. À data, o nosso mercado é feito um pouco dia-a-dia, sem muitas projeções. De semana para semana, a importação pode ficar fraca, podem não haver cargas à importação, ou o excesso de cargas lá fora, travar as nossas. Umas vezes, as coisas estão equilibradas, outras nem por isso, sendo que a maior dificuldade se verifica em trazer os camiões de volta para Portugal porque a importação (da carga) ora está escassa, ora se torna operacional”, salientou o empresário Miguel Ribeiro à Revista Au