Com uma imagem completamente modernizada, a Progelcone continua a dar cartas no mercado onde atua, renovando também a sua frota. A Automotive conversou com Frederico Barrelas, responsável de frota da empresa, no âmbito da sua renovação.
O responsável, refere que “a renovação da nossa frota iniciou-se em setembro do ano passado e ainda continua este ano. Dos cerca de 40 veículos inicialmente agendados para renovação, 3 encontram-se ainda sem confirmação de quota de produção e 5 têm previsão de chegada nas próximas semanas.
A renovação de viaturas tem sido um processo complexo porque nos fez navegar num mar de ‘não respostas’, e a lidar com traços inconstantes de informação que se traduzem numa realidade pouco tranquila para a empresa. Tem sido difícil, mas nunca desistimos apesar de alguma resignação latente por falta de alternativa. Resignamo-nos e lidamos com o que temos disponível, até porque esta realidade não se circunscreve à Progelcone, ou até mesmo a Portugal, é uma realidade do mundo. Não é por pressionar ou ligar consecutivamente para os parceiros que o veículo me chega mais célere ou as respostas são aquelas que quero ouvir. Tenho de reconhecer o esforço inexcedível dos nossos parceiros, nomeadamente a Santogal (Mario Jacome e Ana Latas), Caetano Formula (Carlos Fafaiol), assim como a Volkswagen Financial Services (Helder Esteves).
Ainda assim, estamos ativos e bastante envolvidos, o que não invalida termos que nos conformar, aceitar que este é o ritmo que as coisas possuem. Ao nível dos quadros médios-baixos, percentagem onde ocorre a maior renovação (furgões e carros de chefias intermédias), a situação é fácil de contornar; já ao nível dos quadros médios e altos a complexidade faz-se sentir.
Renovação multimarca e multissegmento
Em termos práticos, adquirimos 24 furgões Renault Express, 1 Mitsubitshi Canter, 9 Seat Arona, 2 Seat Ateca, 2 BMW X1 (Plug-in), 1 Nissan Juke e 1 Mercedes Benz Classe E (Plug-in). Um mix variado quer de marcas, quer de segmentos.
Apesar do processo ter sido negociado como um só, desmembrou-se ao longo do tempo, com alguns carros ainda por entregar. Sem falar no aumento das rendas, tanto nos carros, como nas locadoras devido ao custo financeiro que o processo envolve. É aqui que a força negocial se perde, pois deixo de calcular os TCO’s da forma que tinham sido fechados e o impacto é considerável. Para complexificar ainda mais, as versões dos carros também mudaram no que se refere à alteração de motorização, obrigando-nos a recalcular o seu custo.
O ideal seria negociar e delinear um plano de renovação de frota com o devido tempo, permitindo-nos agendar a entrega de viaturas com os parceiros. Com esta situação desmembrada e não controlada, já há dupla sobreposição de rendas. Se antes tinha 1 mês de sobreposição, agora enfrento 2 ou mais meses, ou porque o carro não está disponível, ou porque levam o dobro do tempo a entregá-lo.
O aumento do TCO por viatura já atinge a ordem dos 9% e o custo dos carros reajustam-se consecutivamente até ao dia efetivo da entrega. Se a empresa está equilibrada em função dos seus custos planeados, isto vem desequilibrar as contas. Além do que as entregas desordenadas impactam obrigatoriamente o próximo ciclo de renovação de frota com veículos dispersos no tempo e contratos diferentes.
Novos paradigmas
Nas renovações de frota já nos debatemos com uma questão de oportunidade e não de planeamento. Basicamente, se uma determinada viatura ficar disponível no mercado temos de a comprar antes que o stock (há pouco) se esgote. Se é mais impessoal? É, mas este é o mercado do “agora ou nunca se sabe”.
Temos muita vontade de fazer a transição da motorização das viaturas (para elétricas), mas com o panorama instável do mercado automóvel, olhamos para essa realidade muito caso a caso. Iremos fazê-lo de forma invertida, começando pelo topo (com híbridos plug-in) e terminando na base (furgões). Em termos de distribuição, para a nossa tipologia de utilização, estamos mais reticentes às viaturas elétricas. É preciso cumprir duas diretivas que considero vitais: disponibilidade no mercado e preço minimamente equilibrado, coisa que os furgões elétricos ainda não têm apresentado” referiu Frederico Barrelas.