O Audi Q2 30 TFSI revelou-se uma surpresa na condução, para uma viatura que só tem um motor 1.0. Este SUV, além de responder bem às solicitações em estrada, revelou-se pouco “guloso” nos consumos, com uma autonomia superior a 750 km, para um depósito cheio.
Fabricado em Ingolstadt, cidade sede da Audi, o Q2 utiliza o mesmo motor 1.0 turbo de três cilindros e 110 cv da atual geração que, contudo, recebeu algumas atualizações recentemente. Incluiu ainda novos para-choques, faróis e lanternas traseiras em LED, além de retoques na grade, nas laterais, no desenho das rodas, nas cores disponíveis e pequenas melhorias nas saídas de ar condicionado.
Apesar destas alterações, a nível de equipamento de assistência ao condutor e auxiliares eletrónicos de condução está a um nível elementar, faltando elementos que já são comuns em quase todas as viaturas desta categoria. É certo que conta com um sensor de estacionamento traseiro, mas estão ausentes alguns outros sistemas auxiliares, tais como Night Vision; vigilância do ângulo morto; e alerta de tráfego traseiro, por exemplo.
Motor 1.0 TFSI
Em 2020, a versão de entrada a gasolina contava com o motor 35 TFSI, um 1.5 TSI de quatro cilindros e 150 cv. Posteriormente, o motor 1.0 TSI de três cilindros e 110 cv foi adicionado à linha, equipando o Q2 30 TFSI agora testado. O Q2 compartilha a mesma plataforma do VW T-Roc, uma variante da MQB-A0 utilizada nos modelos do segmento B do Grupo Volkswagen. Desde o início, a ideia era reduzir os custos deste Q2, pelo que esta versão possui suspensão traseira com barra de torção.
Melhoria visual
O look do Q2 melhorou significativamente em relação a 2016. Embora o exterior do Q2 esteja atualizado, o mesmo não pode ser dito sobre o interior, que parece desatualizado em comparação com outras viaturas da mesma gama, e do mesmo grupo.
Alguns comandos manuais, como do ar condicionado, são mais práticos que os comandos táteis. A interface do ecrã tátil está um pouco desatualizada, e já merecia ter evoluído.
Espaço adequado
O Q2 revelou-se confortável em longas viagens, não se sentindo a fadiga da condução. O espaço disponível nos quatro lugares principais é suficiente para todos os ocupantes. O quinto passageiro terá menos espaço em largura e terá um túnel entre as pernas. A capacidade do porta-malas, com 405 litros, é um bom valor.
A posição de condução é alta. A visibilidade é boa em todas as direções, o volante está bem posicionado e oferece ajustes amplos. A alavanca de mudanças manual de 6 velocidades está bem posicionada.
O motor 1.0 TFSI de três cilindros possui um bom isolamento acústico, e não há vibrações excessivas no habitáculo. Nesta versão, não há outros modos de condução disponíveis.
O seu rolar é suave e tem um comportamento estável, com quase ausência de ruídos no interior. O consumo revelou-se equilibrado entre a condução na cidade e na auto-estrada. Assim, no nosso teste, o computador de bordo revelou um consumo de 5,5 l/100 km em auto-estrada e 7,6 l/100 km em cidade.
FICHA TÉCNICA
Informação geral
Tipo de carroçaria SUV
Portas 5
Lugares 5
Combustível Gasolina
Potência 81 kW (110 cv)
Cilindrada 999 cc
Número de cilindros 3
Tração Tração dianteira
Caixa de velocidades 6 Velocidades
Quilometragem
Velocidade máxima 197 km/h
Emissão sonora do ruído dos pneus 66 dB
Pesos
Peso Bruto 1.815 kg
Preço inicial: 33.201 euros