A ANCAV – Associação Nacional dos Centros de Abate de Veículos, promoveu recentemente uma apresentação do conceito “Peça Verde”, uma marca que pretende dotar os centros de abate com uma chancela diferenciadora de caracter técnico e ambiental.
Na apresentação, Vítor Pereira, presidente da ANCAV, referiu que “na diversidade existente dos centros de abate de viaturas em fim de vida, há alguns que não cumprem com a correta separação de resíduos ou das boas práticas ambientais. A certificação “Peça Verde” estará, assim, relacionada com a melhoria e credibilização deste processo.
É preciso valorizar os centros de desmantelamento que cumprem com as metas ambientais e que garantem que a “peça verde” é de facto sustentável. Diferente de uma peça usada, que muitas vezes não cumpre com requisitos e metas da certificação”.

Por sua vez, Gracinda Maroto, da APA, referiu que “as vendas de peças online nas redes sociais é um flagelo, bem como todo o comércio ilegal de peças. Há uma decisão comunitária que vai no sentido desta iniciativa “peça verde” e que irá criar uma espécie de “passaporte da peça” de forma a atestar a sua proveniência”.
Também presente no evento, José Amaral, diretor da Valorcar, sublinhou que “o incentivo à diminuição do IVA das “peças verdes” poderá ser uma realidade em 2026, com base numa legislação europeia que, entretanto, deverá ser publicada”, sublinhou.
A “Peça Verde” pretende ser uma mais-valia económica, na medida em que criará de novos fluxos de reparações, como é o caso das frotas institucionais, companhias de seguros, entre outras. Bem como o acesso a canais de distribuição que os centros de abate antes não tinham, através da sua credibilização com a marca “Peça Verde”.