A Suzuki lançou o seu novo modelo Swift, num evento em Madrid que contou com a presença de Juan lopez Frade, presidente da Suzuki Ibérica, e Ana Guerreiro, responsável de vendas da Suzuki Ibérica em Portugal (ambos na foto, abaixo).
Já há muito que conhecemos em Portugal o modelo Swift, lançado nos anos 1980 e durando até 2003. No entanto, esse modelo só se chamava Swift na Europa, tendo outros nomes no mundo como Cultus, Forsa, entre outros. Assim, a primeira geração global do Swift só acontece em 2004, sendo a segunda em 2011 e a terceira em 2017.
Este ano de 2024 celebra assim os 20 anos do modelo Swift, e nada melhor para comemorar do que lançar mais uma nova geração global: a quarta. Face ao Swift anterior, praticamente a única característica técnica que mantém é o chassis, sendo todo o resto novo. O Swift é apresentado em 6 versões com 3 níveis de equipamento diferentes, e pudemos experimentar em estrada as diferentes versões.

Interior renovado
Começamos pelo que é transversal a todas as versões: os interiores. O Swift está mais espaçoso num interior completamente renovado. Os materiais robustos significam uma durabilidade acima da média do mercado. No entanto, robustez não significa desconforto e este Swift acolhe bem tanto o condutor como os passageiros, num ambiente contemporâneo onde os apontamentos em losango no tablier e portas conferem-lhe um certo requinte.
O novo tablier alberga um ecrã de 9 polegadas, com um software renovado e mais funcionalidades,sobretudo quanto à conectividade. Neste ponto, destaque para a aplicação da Suzuki, que permite muitas interações do smartphone com o carro, sendo gratuita nos 3 primeiros anos.
Repleto de novas tecnologias de assistência à condução, o Swift inaugura 2 novos sistemas de segurança na gama Suzuki: assistente de manutenção de faixa de rodagem e o sistema de monitorização do condutor. Ambos são equipamentos de série.

Hibridização histórica
No que diz respeito à motorização, o Swift é comercializado com um novo motor, o 1.2 a gasolina, de 3 cilindros com hibridização 12V (mild-hibrid). É um motor com 82 cavalos de potência, desenvolvido pela Suzuki, com opção de caixa automática e possibilidade de ter tração integral.
Quanto ao exterior, um novo desenho (mais ao estilo do mercado europeu) permite manter este modelo muito atual e com a jovialidade que nos acostumou. Chama a atenção a nova assinatura em “L” dos grupos óticos dianteiros e traseiros. Por ser mais arredondado nas suas formas, este Swift parece um carro bem maior do que a geração anterior. De facto, é maior, mas em escassos centímetros, mantendo o seu caráter de carro compacto.
Entre muitos novos detalhes, a grelha frontal em preto piano eleva os patamares deste modelo. As jantes de 15 polegadas são também um elemento visual importante neste modelo, sendo disponibilizadas nas versões de topo na dimensão de 16 polegadas.

Teste em estrada
Antes de começarmos o teste, fomos verificar os pneus. Para que o carro se mantenha sempre seguro à estrada, o Swift vem equipado de origem com pneus Yokohama BluEarth Es32, com eficiência de combustível de nível A (segundo etiqueta europeia).
Fazemo-nos à estrada com a versão equipada com caixa automática. Esta caixa tem 7 velocidades e uma vantagem no seu preço. A diferença de preço para a versão de caixa manual é de aproximadamente 1500 euros, quando, regra geral do setor, esse valor ronda os 2000 euros. Para quem aprecia uma condução mais “híbrida”, a caixa automática será a mais indicada.
Já para aqueles que apreciam uma condução mais a “combustão”, a caixa de velocidades manual é exímia nas sensações, mesmo tendo apenas 5 velocidades. O seu escalonamento permite um ótimo aproveitamento das características do motor, sendo que os consumos se mantêm baixos, cerca de 5,1lt/100km no teste que realizamos.

A excelência do Swift é alcançada na sua versão 4×4. Equipada com caixa de velocidades manual, a tração integral AllGrip da Suzuki mostra todo o seu esplendor em termos de comportamento dinâmico. A condução é muito mais precisa, segura e divertida. É isto que faz do Swift ser único no segmento B. Há muita oferta de modelos neste segmento, mas nenhuma tem tração 4×4.
Além de tecnicamente ser único no segmento, o Swift 4×4 é também bastante acessível. Se o compararmos com a versão de caixa automática (ambos com mesmo nível de equipamento), a versão 4×4 é mais cara por…2 euros! A escolha para o 4×4 parece-nos o mais sensato, principalmente pela segurança que disponibiliza, mas também pela versatilidade e dinâmica de condução. De referir que, no nosso teste, os consumos da versão 4×4 foram praticamente idênticos às outras versões.

Conclusões
O Swift veio, mais uma vez, provar que a tecnologia mild-hybrid tem um papel importante na redução de consumos. A Suzuki há mais de uma década foi uma das pioneiras nessa tecnologia 12Volts, e cada vez assistimos a mais modelos de marcas europeias a adotarem essa tecnologia.
Com este modelo, a Suzuki mantém a sua política de “pirâmide invertida” no que concerne ao nível de equipamento. Regra geral do mercado automóvel, os modelos têm na sua versão base uma pequena lista de equipamentos, e conforme se “sobe” nas versões, mais equipamentos têm. Na Suzuki, a versão base tem uma ampla lista de equipamentos, sendo que nas versões superiores a lista é menor.

Isto significa que a versão base é bem equipada, e que as versões acima têm complementos de equipamento escolhidos com grande estudo. Nas marcas japonesas tudo é muito bem estudado.
Uma versão “base” bem equipada é um dos melhores argumentos para as frotas. A versão de base do Swift começa nos cerca de 19.600 euros, e se optarem pela versão 4×4 os valores rondam os 22.900 euros (ambos os PVP com campanha comercial).
Historicamente o Swift representa cerca de 25% das vendas da marca em Portugal, e acreditamos que essa percentagem irá aumentar, pelas boas características frotistas deste modelo, que não tem rival.
