A Scania Ibérica realizou uma conferência de imprensa em Portugal para apresentar os seus resultados a nível ibérico, contando com a presença de Daniel Norte, diretor de serviços de pós-venda; Sebastian Figueroa, ex-diretor geral; Roberto San Felipe, diretor comercial segmento camiões; João Crema, diretor regional; Israel Martinez, responsável de comunicação; e Ruth Gonzalez, diretora de comunicação e marca; todos da Scania Ibérica (foto).
Segundo Sebastian Figueroa, “2024 foi um ano record onde vendemos cerca de 4400 camiões novos na península ibérica. Nos autocarros foi um bom ano, onde vendemos 420 autocarros em Espanha e 80 em Portugal. No segmento dos motores, vendemos 400 motores Scania novos, e nos camiões usados chegamos às 1300 unidades vendidas.
Bom momento dos camiões

O mercado ibérico de camiões cresceu mais de 10% total e acreditamos que esse bom momento se mantenha em 2025, onde temos o nosso plano de negócios pensado para esse nível de crescimento onde prevemos manter a quota de 14% no mercado ibérico.
A Scania irá inaugurar uma fábrica na China, onde irá produzir cerca de 30.000 camiões por ano. É uma fábrica totalmente dedicada ao mercado chinês, e que vai permitir “aliviar” a produção das nossas atuais fábricas na Suécia, Holanda, França e Brasil, que até ao momento estavam também a produzir para o mercado chinês.
Metas de descarbonização ajustadas
Enquanto empresa, temos o objetivo de diminuir em 50% as emissões de CO2 das nossas operações em 2025, quando comparado com 2015. Felizmente, no ano de 2024 já atingimos os 44% de redução através de: fábricas totalmente sustentáveis com energia limpas e águas tratadas, bem como através de reduções de consumo dos nossos camiões em 12% (geração de motores SUPER).

Só não cumprimos esse objetivo antes do tempo porque esperávamos uma maior aceitação do mercado na compra de camiões elétricos, algo que não aconteceu. No entanto, não é algo específico da Scania, porque as outras marcas também não atingiram os objetivos de vendas de camiões elétricos em 2024.
Assim, e porque prevemos que a eletrificação nos camiões será agora uma realidade mais demorada por parte dos transportadores, iremos atingir os nossos objetivos de redução de CO2 através de várias outras medidas: uma maior mistura de biocombustíveis a ser utilizada nos motores diesel dos nossos clientes; melhorias nos consumos dos nossos motores a combustão; um foco ainda maior na formação dos motoristas para uma condução ecológica; e a otimização de características técnicas dos nossos camiões (aerodinâmica, peso e tipologia de pneus).
Naturalmente que iremos continuar a desenvolver camiões elétricos mais eficazes e adaptados às necessidades dos clientes. O que queremos não é impor nenhuma tecnologia aos clientes. Pretendemos que os transportadores testem todos os nossos camiões, com diferentes motorizações (gás, diesel, elétrico) e depois tomem as suas decisões baseadas no que é a sua operação. Acompanharemos nessa tomada de decisão, mas apenas no sentido de encontrar o melhor produto para o cliente, com base no nosso conhecimento de mercado e, principalmente, no conhecimento dos nossos camiões e soluções complementares”.
Depois de quase 7 anos na liderança da Scania Ibérica, Sebastian Figueroa irá agora gerir os destinos da Scania na Argentina, tendo aproveitado a ocasião para agradecer de viva-voz a todos os clientes e parceiros de Portugal que o acompanharam nesta jornada de sucesso. O novo diretor geral ibérico, Martin Sörensson, conta com uma larga experiência da região ibérica (mais de 13 anos) tendo ocupado o cargo de diretor financeiro até 2020.
Pós-venda fortalecido
Daniel Norte, diretor de serviços de pós-venda para Espanha e Portugal, referiu na conferência que “crescemos no pós-venda de forma consistente nos últimos anos, independentemente das flutuações do parque circulante, que foi afetado por atrasos nas entregas e falta de componentes. Isto significa que os clientes têm cada vez mais confiado os seus camiões aos serviços da Scania Ibérica.

Estamos muito próximos dos 80% em termos de contratos de manutenção. Isto é fruto de um trabalho de, continuamente, adequarmos os serviços às características dos clientes. É também um reflexo de que os clientes se sentem satisfeitos com a qualidade dos serviços prestados pelos nossos profissionais.
Na região ibérica, todos os pontos de assistência têm o mesmo sistema operativo e acesso à informação. Isto significa que um camião português pode ser assistido em qualquer ponto de Espanha, onde a oficina tem acesso ao histórico do camião, podendo assim prestar um serviço mais ajustado ao perfil do cliente e com um conhecimento mais completo do camião.
Realizamos um investimento muito grande em infraestruturas nos pontos de serviço da Scania, sejam eles próprios ou independentes. A nível ibérico contamos com 65 pontos de assistência, e a imagem que se transmite ao cliente é fundamental, desde que chega à receção até quando vai levantar o camião. Produto premium merece um serviço premium” resumiu Daniel Norte.