Sendo a movimentação de terras uma atividade base no desenvolvimento dos projetos de infraestrutura para a construção de estradas, pontes, aeroportos, parques logísticos, zonas industriais, edificação urbana, bem como terraplenagem, entre muitos outros, esta atividade está em grande parte dependente das máquinas de construção, dos seus equipamentos e acessórios.
Em Portugal, como na maioria dos países europeus, esta atividade é geradora de bons negócios para muitos intervenientes, sendo que em alguns casos, a movimentação de terras tem um peso significativos nas vendas e aluguer de máquinas e equipamentos. Este é o caso da Entreposto Máquinas, empresa com mais de 50 anos de atividades no nosso país, e uma referência nas atividades de movimentação de terras e aluguer de equipamentos para o setor da construção.
Tendo sido adquirido em 2020 pelo centenário Grupo JAP, o Entreposto Máquinas é importador exclusivo das marcas CASE CE, Case IH, TYM, Farmtrac, Dumpers Bell, D’Avino, Hubtex e Noblelift, sendo ainda distribuidor oficial dos equipamentos TCM, Hyundai Material Handling, EcoLog, Logmax e Okada, estando presente de norte a sul, com unidades em Vila do Conde (Mindelo), Leiria, Almeirim, Setúbal e Faro.

Em entrevista à Automotive, Hugo Bexiga, diretor da divisão industrial do Entreposto Máquinas, destacou que “as áreas fundamentais de negócio dentro da nova organização da nossa empresa, assentam nos segmentos das máquinas de construção, agricultura e movimentação de cargas, às quais veio juntar-se o negócio de aluguer de máquinas, uma atividade transversal às demais áreas que, pela sua importância estratégica, ganhou mais relevo e uma direção própria a cargo de Frederico Mendes, na função de Rental Business.
De referir que o aluguer já fazia parte das nossas soluções, sobretudo no segmento da movimentação de cargas (empilhadores), ou seja, o aluguer já estava integrado nas nossas diversas áreas de negócio, mas não tinha uma evidência enquanto área de negócio. Agora, ao fim de ano e meio, já dispomos de 40 equipamentos em sistema de aluguer, e deveremos chegar ao fim deste ano com cerca de 50 ou 60 equipamentos na nossa frota de aluguer.
Crescer no aluguer
Nosso objetivo é continuar a crescer na área do aluguer, proporcionando aos nossos clientes uma solução mais flexível de acesso às nossas máquinas, sem que seja necessário realizar um investimento de monta, numa ferramenta que não terá uma utilização tão intensa.
No geral, a quota de aluguer de máquinas em Portugal ainda é baixa. Cerca de 30% dos equipamentos/máquinas de construção vendidos no nosso país, são destinados às frotas dos representantes de marcas ou para empresas de aluguer independente. Este número ainda é pouco expressivo, quando comparado com mercados mais evoluídos neste domínio, como por exemplo em Inglaterra ou em Itália, onde o negócio de aluguer de máquinas de construção, agrícolas e equipamentos já representa 80% de todo o negócio. Ou seja, nestes países, cada vez que há uma obra, as empresas de construção optam pela utilização das máquinas em sistema de aluguer.
2025 deverá ser um bom ano para o nosso negócio de máquinas de construção, com uma previsão de crescimento da ordem dos 7%. Não devemos esquecer que estamos em ano de eleições autárquicas, facto que normalmente faz disparar o número de obras públicas um pouco por todo o país, dando assim impulso aos negócios de máquinas de construção em geral.
Perfil do mercado e Salão Bauma
Por sua vez, a atividade de movimentação de terras representa cerca de 80% do negócio de máquinas de construção no nosso país, sendo que os restantes 20% são negócios ligados às minas, à extração de agregados, pavimentação de estradas e indústria em geral. O perfil do nosso mercado também mudou muito nos últimos anos. Aquando dos grandes planos de construção e de concessões de autoestradas, as construtoras tinham frotas com 50% de grandes equipamentos e 50% de equipamentos compactos.
Este cenário já não existe e, atualmente, o perfil da utilização das máquinas mudou para miniescavadoras, retroescavadoras, minicarregadoras, ou seja, são máquinas de pequenas dimensões. A CASE tem um portfólio de equipamentos presente em todos os segmentos de mercado, desde as miniescavadoras (com quase 12 modelos) e, em determinados mercados, até aos buldózeres.
Já no caso das retroescavadoras até os 100cv, a CASE é líder de mercado em Portugal, sendo assim um equipamento referência e com um grande historial no nosso país. Por outro lado, as vendas dos nossos minicarregadores de rastos também têm vindo a aumentar e, no mercado nacional, o Entreposto Máquinas alcançou uma quota à volta dos 40%, com margem para continuar a crescer.
Nas atividades de movimentação de terras, bem como nas outras áreas de negócio onde atuámos, o Entreposto Máquinas conquistou uma reputação de tal ordem que, quem nos procura, quer ter acesso aos nossos serviços, independentemente das marcas que comercializamos.
A marca CASE também estará presente no Salão de Bauma deste ano, com muitas novidades e serviços, tais como a Midi-escavadoras de 7 a 10 toneladas, com especial enfoque nas lanças bipartidas; a nova pá carregadora de rodas 421G e, sobretudo, com o lançamento uma nova retroescavadora na gama E-Series, que deverá chegar ao mercado português em novembro deste ano, com uma renovação considerável em termos de cabine, entre outras inovações”, finalizou Hugo Bexiga (à esq.), na foto com Diogo Inácio, responsável de marketing e comunicação do Entreposto Máquinas.
